Este arcaico nome aparece numa das mais antigas referências que temos do Sabugal: a crónica latina De rebus Hispaniae do arcebispo D. Rodrigo Jiménez de Rada, datada de meados do século XIII, que narra os feitos do rei D. Afonso IX de Leão, na luta contra os mouros, onde relata que: «obtinuit ab eis Montem angii, Emeritam, Badallocium, Alcantaram atque Canceres. Populavit etiam Salva leonem, Salva terram et Sabucale, et alia plurima loca» (“ganhou deles Montánchez, Mérida, Badajoz, Alcântara e Cáceres, e povoou Salvaleón, Salvatierra e Sabugal e muitos outros lugares”).
Posteriormente, a Primera Crónica General de España relata a mesma ofensiva militar do monarca, e aí já vem citado em língua romance apenas como «Sabugal». É estranha a sua inclusão numa listagem de povoações da Extremadura espanhola que foram conquistadas aos mouros e povoadas por este monarca, mas sabemos por outra documentação que foi efectivamente D. Afonso IX de Leão quem fomentou o povoamento desta localidade junto ao rio Côa.
Ora, é tradicionalmente dito que o nome Sabugal constitui um substantivo colectivo, como plural de sabugueiro. Isto é, o Sabugal era o local onde existiam inúmeros sabugueiros. Porém, tal como defende o estudioso da toponímia Ivo Xavier Fernandes: «deve, todavia notar-se que de sabugueiro se formaria normalmente sabugueiral, ao passo que Sabugal se formou de sabugo», derivado do latim sambucus, que deu em castelhano saúco. Este facto prova que o nome do lugar é bastante antigo, formado a partir da primitiva denominação da conhecida árvore, ao contrário da aldeia do Sabugueiro da Serra da Estrela, de origem mais recente.