Mouçós é terra antiquíssima. Aparece nas inquirições*, que D. Afonso III mandou fazer, com o nome “De Sancto Salvatore de Boucoos. Segundo a Enciclopédia Luso-Brasileira de Cultura, “Mouçós surge em 1220 com os nomes Boucoos, Baucoos e Bouzoos”.
Em 1258, era uma paróquia denominada Sancti Salvatoris de Mouzoos.
Em 1290, a grafia alterara-se para “freguesia de San Salvador de Mouçóos”. Estes vários nomes leva-nos a questionar, desde já, a origem do topónimo. Para Bandeira de Tóro esta denominação tem origem em «mons solus», usada no tempo da ocupação romana e que evoluiria, conforme facilmente se deduz, para Mouçós. Se os documentos do século XIII se referem a Boucoos, não parece curial que a origem etimológica seja a proposta por este autor, pois Mouçós e já uma segunda onomástica.
Júlio Teixeira relaciona o local com a existência, em Bouçoos, de um castro, a que também chama de “pequeno fortim junto a Guadalupe, um pouco a montante da ponte das Flores ou de Piscais” cujos vestígios desapareceram completamente, deixando no local apenas umas simples pedras, a que a tradição teima em chamar «castelo dos mouros».
Convém esclarecer que, na terminologia popular, muitas vezes, «castelo» era sinónimo de castro. Regressando a Júlio Teixeira, este opina que “o Castelo de Bouçoos era a fortaleza mais próxima da sede da região”. Segundo este mesmo investigador, “era um castro de construção análoga a todos os castros romanos e tinha como principal função a recolha duma guarnição militar para a defesa duma via romana, que lhe passava perto, e da ponte de Piscais”. As palavras de Júlio Teixeira conduzem-nos, para todos os efeitos, ao castro de S. Bento.(...)