A capital do distrito de Viseu é a cidade de Viseu, cuja a origem do nome será já do tempo visigótico (Castro Vesense — Vesi significava “visigodo”), apesar das lendas várias em torno do assunto (que “Viso Eu?” >Viseu”).
Cidade antiquíssima, parece remontar aos tempos proto-históricos tendo origem no núcleo castrejo que remonta ao neolítico, segundo vestígios arqueológicos, que se encontrava no alto do monte onde, hoje, se situa a Sé Catedral.
Desde sempre que a posição estratégica de Viseu a fez um ponto de passagem obrigatória entre o Norte e o Sul de Portugal, tal como entre o litoral e o interior ou o estrangeiro, sendo que o traçado do “antigo” IP5, entre Aveiro e Vilar Formoso, reproduz ou segue, em muitos pontos, o traçado da antiga via romana que existiu outrora.
Já durante a dominação romana, Viseu era a capital de um grande território, a Lusitânia, e um centro de grande importância. São prova deste facto os inúmeros vestígios arqueológicos encontrados na região, de que se destacam moedas, sepulturas, marcos miliários e principalmente as estradas, de que aí convergia um grande número.
A Cava de Viriato, antigo acampamento romano octogonal com 2 km de perímetro, era um ponto de vigia e de defesa das diversas vias que ali convergiam e que vai buscar o seu nome ao ilustre resistente que se diz ter nascido na região.
No séc. VI, com o domínio dos Visigodos, a cidade de Viseu é elevada a sede de diocese. Conta a tradição que Ramiro, rei visigodo, morreu e foi sepultado da Igreja de S. Miguel do Fétal.
Posteriormente, alternou por diversas vezes entre o poder dos cristãos e dos árabes. No séc. IX foi conquistada por Afonso III, no final do século seguinte por Almançor, e de novo em definitivo por Fernando I, o Magno, em 1057. A sua importância estratégica tornou-a muito cobiçada por todos. É assim que se assiste aos sucessivos ataques destes povos, o que provocou a sua inevitável destruição com a consequência da estagnação ou até mesmo recuo a nível urbanístico e económico.